Já não se encantarão os meus olhos
nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
[Pablo Neruda]
^^
Um comentário:
Danni,
não exite ação mais necessária que o adeus!
Ele rompe com uma inércia que se instalou,fez-se tristeza,provocou mágoas, ódios e rancores, sem possibilidades de retorno,uma palavra de entendimento, nenhum esforço para reerguer as paredes afetivas destroçadas.
O adeus, purifica, enaltece e cria novas esperanças, abre novos espaços, fortalece nossa dignidade que , antes dele e na maioria dos casos, foi ferida.
Eu nada tenho contra o adeus, pois, sempre o considerei a porta que abre uma nova oportunidade.
É por isto que no meu perfil,carrego comigo uma chave.
Um abração carioca.
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