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A história da arte é uma disciplina que estuda a evolução das expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos, dos conceitos transmitidos através das obras de arte.
Costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitectura.
Se bem que as ideias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes. Embora muitos pensem na história da arte simplesmente como o estudo da sua evolução ocidental, o assunto inclui toda a arte, dos megalíticos da Europa Ocidental às pinturas da dinastia Tang, na China.
Estudo acadêmico
Johann Joachim Winckelmann, no século XVIII, estabeleceu os fundamentos para o estudo da história da arte. Mas esse tipo de história só se tornou uma disciplina acadêmica a partir de 1844, na Universidade de Berlim.
Abordagens sobre a história da arte, no século XIX:
- Contexto social da arte: ver Jacob Burckhardt;
- Aspectos formais da arte: ver Heinrich Wölfflin
No século XX, Erwin Panofsky rejeita o formalismo de Wölfflin em seus estudos de iconografia. Ernst Gombrich, foi uma figura importante nessa área, com sua popular divulgação da História da Arte (1950) e seu relativismo cultural. Em recentes tendências dos estudos históricos de arte, a partir dos anos de 1980, houve uma valorização das ideologias de determinados grupos sociais, como os estudos feministas por exemplo.
Introdução aos grandes momentos da história da arte
Arte rupestre
A arte rupestre é a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Seus vestígios datam de antes do desenvolvimento das grandes civilizações e tribos, como as do Antigo Egipto. Esse tipo de arte era caracterizado por ser feito com materiais como terra vermelha, carvão, e pigmentos amarelos (retirados também da terra). Os desenhos eram realizados em peles de animais, cascas de árvores e em paredes de cavernas. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimento primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França.
Características da arte na pré-história e suas diferenças com a arte na actualidade:
As características da arte na pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que vivem actualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborígenes, os índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da política, e essas actividades também não eram separadas entre si. Todas essas esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, económico e estético. E todos participavam nessas coisas.
A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a palavra que a designa.
Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia (embora na Grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinónimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médici, por exemplo), apenas para que produzissem arte, uma arte realmente "pura". Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria daqueles que passaram a ser chamados de "artistas".
Esquema de periodização
O campo de arte se tornou bastante abrangente e pode ser subdividido da seguinte maneira:
Por localização geográfica
Arte europeia | |||||||||
Arte africana | |||||||||
Arte berbere | Arte mourisca | |||||||||
Arte asiática | |||||||||
Arte do Próximo Oriente: Arte islâmica Arte do Extremo Oriente: Arte chinesa (Cerâmica) | Arte japonesa (arquitetura | cerâmica) | Arte tibetana | Arte indiana | |||||||||
Arte americana | |||||||||
Arte pré-colombiana: (Mesoamérica) - Arte olmeca | Arte tolteca | Arte maia | Arte azteca | (Andes) - Arte inca Arte norte-americana: Arte índia | |||||||||
Arte oceânia | |||||||||
Arte aborígene |
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