No teu corpo é que o poema faz amor,
a dor das casas, o cheiro húmido das pétalas, as flores mais escuras.
quando uma nuvem te atravessa, é que o punhal fere o silêncio,
a morte dança, o mar começa.
no teu corpo é que as palavras carne e água são de carne e água,
os seios bússolas, a noite mágoa.
Se uma faúlha acende um poço de carvão, a vontade irrompe o cavalo do sangue.
É a tua pele que abre os olhos da chuva, a mão do vento, o dia claro.
Se um beijo desperta a ira dos relâmpagos, a manhã desce ao sal da língua, o tempo pára.
Sobre um novelo de palha, os ovos estalam nas estrias delicadas.
Troveja fortemente se o céu diz o teu nome.
[Alice Macedo Campos – in "o ciclo menstrual da noite"]
^^
a dor das casas, o cheiro húmido das pétalas, as flores mais escuras.
quando uma nuvem te atravessa, é que o punhal fere o silêncio,
a morte dança, o mar começa.
no teu corpo é que as palavras carne e água são de carne e água,
os seios bússolas, a noite mágoa.
Se uma faúlha acende um poço de carvão, a vontade irrompe o cavalo do sangue.
É a tua pele que abre os olhos da chuva, a mão do vento, o dia claro.
Se um beijo desperta a ira dos relâmpagos, a manhã desce ao sal da língua, o tempo pára.
Sobre um novelo de palha, os ovos estalam nas estrias delicadas.
Troveja fortemente se o céu diz o teu nome.
[Alice Macedo Campos – in "o ciclo menstrual da noite"]
^^
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