I
Passo a mão pela tua cabeça,
recurvamente, atentamente, e só com dedos brandos,
olhando-a como passa e vendo onde passou.
Quero saber o que tu pensas.
II
O que tu pensas, mas apenas como,
e quando e o porquê, e não
que estejas pensando ou não que a minha mão,
atenta e curvada, passa brandamente.
Quero saber aquilo que nem sabes.
III
Aquilo que nem sabes - como saberias
o que o pensar é antes de pensar-se?
A mão que pousa e vai passar atenta.
O olhar que espera ver passar o gesto.
A tácita lembrança de volver os olhos.
A brisa que sabemos vai soprar tão mansa,
ainda antes, no fremir de pétalas ou folhas,
mas não na expectativa do arrepio prévio.
IV
Por que esperaste, ciente, a pele da minha mão?
[Jorge de Sena]
Passo a mão pela tua cabeça,
recurvamente, atentamente, e só com dedos brandos,
olhando-a como passa e vendo onde passou.
Quero saber o que tu pensas.
II
O que tu pensas, mas apenas como,
e quando e o porquê, e não
que estejas pensando ou não que a minha mão,
atenta e curvada, passa brandamente.
Quero saber aquilo que nem sabes.
III
Aquilo que nem sabes - como saberias
o que o pensar é antes de pensar-se?
A mão que pousa e vai passar atenta.
O olhar que espera ver passar o gesto.
A tácita lembrança de volver os olhos.
A brisa que sabemos vai soprar tão mansa,
ainda antes, no fremir de pétalas ou folhas,
mas não na expectativa do arrepio prévio.
IV
Por que esperaste, ciente, a pele da minha mão?
[Jorge de Sena]
^^
2 comentários:
Porque o toque é mais importante que a nossa imaginação...
Fique com Deus, menina xará Danielle.
Um abraço.
AAAAAAAAAAHHHHHHHHH, eu quero fazer issoooooooooooooo, Dannizinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Tanto amor, né? Coisa linda! =)
Beijo, beijo.
ℓυηα
Postar um comentário