Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sábado, 9 de outubro de 2010

Casar ou comprar uma bicicleta? Eis a questão!...



Depois de um tema pra lá de polêmico como o aborto, nada melhor do que falar de um tema bem mais light nesta semana. Quando eu recebi por e-mail “Tema da semana: casar ou comprar uma bicicleta? Confesso que fiquei a questionar, bateu aquela interrogação, até porque, não havia parado para pensar sobre isso. Não desta forma.

Na minha idade, minha mãe já tinha três filhos (no estilo escadinha), já havia feito laqueadura, vivia para o lar, enquanto meu pai era o único provedor da casa. Antigamente, quando as mulheres paravam suas vidas para cuidar de filhos e maridos, ficavam na condição de submissão do parceiro. Assim, tinham que aguentar traições, humilhações dos parceiros e viver um casamento de aparência, em nome dos filhos ou em nome da sociedade. Mulher separada era apontada na rua. Até a época dos meus pais - fim dos anos 80 - a virgindade era algo super importante, o preconceito era enorme com as "moças perdidas" e não havia conversa entre pais e filhos sobre sexualidade e vida reprodutiva. Aí vieram os anos 90, toda a modernidade, o salto tecnológico, a internet (amém) e a globalização do mundo neoliberal. Virgindade virou conceito ultrapassado, sexualidade virou assunto de mesa de bar.
Hoje em dia tudo mudou. O casamento não é o alvo mais almejado por moçinhas de contos de fadas. Até porque, antigamente, as moças eram criadas para ser dona de casa, sua vida era resumida em aprender a cozinhar, bordar, costurar, e faziam certo tipo de “estágio” com a supervisão da mãe em relação aos afazeres domésticos. Situação bem diferente das jovens de hoje que privilegiam, em primeiro lugar: os estudos, em segundo: a independência financeira, em terceiro: filhos, em quatro: casamento. Isso mesmo, quem foi que disse que pra ter filhos é preciso estar casada? E, quem foi que disse que filho prende casamento? Ai, ai, quanta ingenuidade!

Não sou contra casamento. Longe disso! O que vou escrever agora é apenas meu ponto de vista de como deve ser a relação de parceria entre casal. Não posso dizer que não vou casar, que desta água nunca beberei, o que posso afirmar é que, se um dia isso acontecer, quero ser para o meu companheiro alguém que acrescente algo, formar de fato uma parceria, não ser um “peso dependente” do marido, e, ele se sentir dono da situação por saber que eu não tenho escolha, a não ser aceitar as regras que ele impor, ou ser escrava dos olhos da sociedade machista, como eram as mulheres antigamente. Tão pouco, me submeter à contrapartida deste tipo de situação, não nasci pra sustentar malandro. Se for dessa forma, não caso.

Quero poder continuar a trabalhar fora, poder somar as coisas boas da vida, dar e receber amor, e dividir, por igual, e de maneira digna os problemas típicos de família. Quero um convívio nivelado, direitos iguais, respeito mútuo. Não quero atribuir ao meu parceiro a função de ser o responsável pela minha felicidade. Muitas mulheres fazem isso; param a sua vida em função do companheiro. Chegam a acreditar que prova de amor e passar a vida na beira do fogão fazendo guloseimas ou do tanque lavando suas cuecas. Já pensou que tragédia? E se um dia, sem mais nem menos, o cara arrumar uma sirigaita e cair fora? Óóóóóhhh!... Imagina o drama!
Como disse, sou a favor da parceria, da sintonia, da química. Prezo virtudes como:
AMOR, RESPEITO, LEALDADE e SINCERIDADE, pois tudo isso têm que ser a base sólida de qualquer relacionamento a dois. Quero ser a dona da minha felicidade. A dona do meu destino. A dona da minha vida.

Tenho plena certeza de que se as pessoas parassem de pensar, que a sua felicidade está no outro, não haveria tanto divórcio por aí.

Mas voltando à pergunta jocosa desta semana:
Casar ou comprar uma bicicleta?


Senhoras e Senhores trago boas novas:
O Ministério da saúde recomenda: Andar de bicicleta faz bem à saúde! Por isso, enquanto eu não encontro um candidato a noivo, vou mantendo minha saúde e minha silhueta pedalando por ai...

Ou
Quem sabe num futuro não muito distante, faço os dois? Até porque, para se levar uma vida realmente saudável, o melhor mesmo é casar e comprar uma bicicleta. Não é não gente?
A atividade física só faz bem, pois reduz o risco de diversas doenças e, de quebra, aumenta a produção de serotonina, o hormônio da felicidade.
Um bom casamento alivia as pressões do dia-a-dia e, cá entre nós, nada melhor para viver feliz do que viver um grande amor. Se for assim, por que não unir o útil ao agradável?

Obs.:
Para meus amigos leitores casados, namorados, noivos ou tico-tico no fubá, a dica é: Chame seu parceiro para pedalar com você. Assim vocês se divertem juntos, estreitam os laços e cuidam da saúde!


Danni^^

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