Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eu ouso a paixão
não a recuso

Escuto os sentidos sem o medo por perto
troco a ternura da rosa
ponho a onda no deserto

A tudo o que é impossível
abro e rasgo o coração
Debaixo coloco a mão
para colher o incerto

Desembuço o amor
no calor da emboscada
infrinjo regras e impeço

Troco o sonho dos deuses
por um pequeno nada

Desobedeço ao preceito
e desarrumo a paixão
Teço e bordo o meu avesso
e desacerto a razão

[Maria Teresa Horta]

^^

8 comentários:

Marcelo Mayer disse...

a foto já me comoveu, a poesia então...

Átila Goyaz disse...

Linda por demais!
BOA TERÇA!

Franzé Oliveira disse...

Belo poema. Como sempre li em voz alta.

Bjos.

Luna Sanchez disse...

Porque paixão e razão não podem ocupar o mesmo ser, ao mesmo tempo.

Fato.

Beijo, flor.

ℓυηα

Maria disse...

Boa tarde Dany...

Amei o post de hoje, como sempre muito especiais seus posts.


:)) Doce carinho

Maria disse...

Boa tarde Dany...

Amei o post de hoje, como sempre muito especiais seus posts.


:)) Doce carinho

Déia disse...

Lindíssimo Querida!

Arrepiada, emocionada e sem palavras!!

Super obrigada por esse momento!

muitos beijos

Daniel Savio disse...

Por que penso que o importante no texto está se sobressaindo...

Fique com Deus, menina e xará Danni.
Um abraço.