Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sábado, 1 de agosto de 2009

A Cruz e a Espada


Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

E agora eu vejo aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim

E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa
O que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se e perdeu de mim

E agora é tarde
Acordo tarde
Do meu lado alguém
Que eu nem conhecia

Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

Agora eu vejo
Aquele beijo era o fim, o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim.


[Composição: Luiz Schiavon / Paulo Ricardo]

^^

Um comentário:

Luna Sanchez disse...

"Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, o fim..."

Gosto mais quando o fim é sabido e consciente, mas tenho que admitir que dar-se conta de que o fim chegou, depois do momento passado, é mais suave.

Linda música, Dannizinha.

Beijos,

ℓυηα