Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente sinta
(Se é que sente) a mesma indiferença.
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente sinta
(Se é que sente) a mesma indiferença.
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(Descaradamente) a mesma mentira.
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(Descaradamente) a mesma mentira.
Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(A vida seca, os olhos úmidos)
Uma represa, um apartheid
(A vida seca, os olhos úmidos)
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora.
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora.
[Humberto Gessinger]
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