Quem fala do amor? Eu tenho frio
e quero ser Dezembro
Quero chegar a um bosque apenas sensível,
até à maquinaria do coração sem saldo.
Eu quero ser Dezembro
Dormir,
na noite sem vida,
na vida sem sonhos,
nos tranquilizados sonhos que desaguam,
no rio do esquecimento.
Há cidades que são fotografias
nocturnas de cidades.
Eu quero ser Dezembro.
Para viver ao norte de um amor que aconteceu
debaixo do beijo sem lábios de já há muito tempo,
eu quero ser Dezembro.
Como o cadáver branco dos rios,
como os minerais do Inverno.
Eu quero ser Dezembro
[Luis García Montero]
e quero ser Dezembro
Quero chegar a um bosque apenas sensível,
até à maquinaria do coração sem saldo.
Eu quero ser Dezembro
Dormir,
na noite sem vida,
na vida sem sonhos,
nos tranquilizados sonhos que desaguam,
no rio do esquecimento.
Há cidades que são fotografias
nocturnas de cidades.
Eu quero ser Dezembro.
Para viver ao norte de um amor que aconteceu
debaixo do beijo sem lábios de já há muito tempo,
eu quero ser Dezembro.
Como o cadáver branco dos rios,
como os minerais do Inverno.
Eu quero ser Dezembro
[Luis García Montero]
^^
Um comentário:
Quando vi a figura, acabei vendo uma mulher de neve, mas ao ler o poema, vi que era uma mulher de neblina, a neblina que vive no limiar de dois momentos...
E bonita a poesia xará.
Fique com Deus, menina xará Danielle.
Um abraço.
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