tua poesia, pasto dos vulgares,
vão se engastando numa coisa fria
a que tu chamas: vida, e seus pesares.
Mas, pesares de quê? perguntaria,
se esse travo de angústia nos cantares,
se o que dorme na base da elegia
vai correndo e secando pelos ares,
e nada resta, mesmo, do que escreves
e te forçou ao exílio das palavras,
senão contentamento de escrever,
enquanto o tempo, em suas formas breves
ou longas, que sutil interpretavas,
se evapora no fundo de teu ser?
[Carlos Drummond de Andrade - in: Claro Enigma - 1951]
^^
3 comentários:
Parabéns pelo blog, mesmo os textos sendo de
outros autores (não vi todos), pois tens o bom gosto
de escolher a imagem condizente com o texto...
Voltarei novamente...já está nos meus favoritos em
meu espaço...
Beijo doce,
;)
Redimidos somos após o perdão. Boa tarde amiga, bjos.
um Deus
muitíssimo muito mais complexo
que os deuses da imaginação do homem
e então a máquina
desde o princípio desde o fim
em espiral eterna
...vem
.....vai
pulsando os universos os céus
as galáxias milhões de anos-luz
os sóis diversos
O tempo que usamos um hora, ou outra, vai acabar sendo cobrado...
Fique com Deus, menina xará Danielle.
Um abraço.
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