Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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terça-feira, 6 de abril de 2010


Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?

[Isabel Meyrelles]

^^

7 comentários:

Sandra Timm disse...

Voltando à vida bloguistica e visitando os amigos do coração.

Como fiquei muito tempo distante, estou só dando um "oi" e aproveitando para deixar um beijo e a promessa de voltar com frequencia.

Beijo

Luna Sanchez disse...

Que lamento um fim tão desbotado...pena que seja assim. =\

Beijos, querida.

ℓυηα

Paty disse...

uau ameiii

Nara disse...

A gaveta do esquecimento não deve ser legal =/

Beijo,
Nara

! Marcelo Cândido ! disse...

Caramba
!!!

Maldito disse...

Confesso que fiquei um pouco assustado pela imagem,.. e as palavras não são nada reconfortantes,..rs

Daniel Savio disse...

Enquanto se permitir não amar outro, apenas por este tempo...

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.