Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sábado, 12 de dezembro de 2009


Sabes quem sou? Eu não sei.
Outrora, onde o nada foi,
Fui o vassalo e o rei.
É dupla a dor que me dói.
Duas dores eu passei.

Fui tudo que pode haver.
Ninguém me quis esmolar;
E entre o pensar e o ser
Senti a vida passar
Como um rio sem correr.

[Fernando Pessoa]
^^

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

ontem fui poeta, hj marginal, amanha quem sabe... romantico

Daniel Savio disse...

Concordo que realmente não sabemos o que somos antes de tentar...

Mas alguns motivos para empreender esta busca são mais nobres, como o amor.

Fique com Deus, menina xara Danni.
Um abraço.

MissUniversoPróprio disse...

"E entre o pensar e o ser
Senti a vida passar"

A vida passa, e tantas vezes a gente nem sente...

Querida, obrigada pelo carinho.

Beijos!

Vanessa Souza disse...

Sentir a vida pessar, como um rio sem correr.

Muito lindo!

Américo do Sul disse...

Fernando é tudo o q pode haver entre o pensar e o sentir a vida passar, sendo o efeito feito sem um sólido conceito. Sendo o ser, e por um leito de rio escorrer, sem pressa de chegar no q seja - vassalo ou rei - mas, que seja bem vinda a pessoa.

Obrigado por te ler na pessoa de Pessoa.