Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nula.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
Tudo que se perde
mesmo sem ter ganho.
Como a vida é senha
de outra vida nova
que envelhece antes
de romper o novo.
Como a vida é outra
sempre outra, outra
não a que é vivida.
Como a vida é vida
ainda quando morte
esculpida em vida.
Como a vida é forte
em suas algemas.
Como dói a vida
quando tira a veste
de prata celeste.
Como a vida é isto
misturado àquilo.
Como a vida é bela
sendo uma pantera
de garra quebrada.
Como a vida é louca
estúpida, mouca
e no entanto chama
a torrar-se em chama.
Como a vida chora
de saber que é vida
e nunca nunca nunca
leva a sério o homem,
esse lobisomem.
Como a vida ri
a cada manhã
de seu próprio absurdo
e a cada momento
dá de novo a todos
uma prenda estranha.
Como a vida joga
de paz e de guerra
povoando a terra
de leis e fantasmas.
Como a vida toca
seu gasto realejo
fazendo da valsa
um puro Vivaldi.
Como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida
em flor e formiga
em seixo rolado
peito desolado
coração amante.
E como se salva
a uma só palavra
escrita no sangue
desde o nascimento:
amor, vidamor!
[Carlos Drummont de Andrade]
Como a vida é muda.
Como a vida é nula.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
Tudo que se perde
mesmo sem ter ganho.
Como a vida é senha
de outra vida nova
que envelhece antes
de romper o novo.
Como a vida é outra
sempre outra, outra
não a que é vivida.
Como a vida é vida
ainda quando morte
esculpida em vida.
Como a vida é forte
em suas algemas.
Como dói a vida
quando tira a veste
de prata celeste.
Como a vida é isto
misturado àquilo.
Como a vida é bela
sendo uma pantera
de garra quebrada.
Como a vida é louca
estúpida, mouca
e no entanto chama
a torrar-se em chama.
Como a vida chora
de saber que é vida
e nunca nunca nunca
leva a sério o homem,
esse lobisomem.
Como a vida ri
a cada manhã
de seu próprio absurdo
e a cada momento
dá de novo a todos
uma prenda estranha.
Como a vida joga
de paz e de guerra
povoando a terra
de leis e fantasmas.
Como a vida toca
seu gasto realejo
fazendo da valsa
um puro Vivaldi.
Como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida
em flor e formiga
em seixo rolado
peito desolado
coração amante.
E como se salva
a uma só palavra
escrita no sangue
desde o nascimento:
amor, vidamor!
[Carlos Drummont de Andrade]
^^
11 comentários:
Passei aqui pra te dar um beijo, dizer que estive sumida mas reapareci! Visite o meu blog também!
Querida Dani:
Parabéns pelo blog, por Drummond e toda sua sabedoria. Realmente a vida é muito mais do que julgamos ou imaginamos. Costumo dizer que viver é maior que qualquer definição. Linda semana..bjão e to esperando tua visita no www.lua2gatos.blogspot.com
Adorei o poema de Drummont
Adorei a foto
Bjos.
E via nos encanta mesmo que seja simples...
Hah, adoro crianças, mesmo tendo um medo danado de machuca-las (vamos dizer que me acho estabanado demais para segura-las)...
Fique com Deus, menina xara Danni.
Um abraço.
Oh, meu bem! Quero mandar cartinha de natal para pessoas a quem eu amo, e isso inclui você cof cof cof... portanto, peço que, se não for inconveniente, me envie seu endereço de correspondência para meu e-mail [ivansantos2002@hotmail.com].
Beijocas.
Ivan.
sorrisos que choram, sorrisos que não precisam sorrir. já estão lá
Danni Anja,
Fico feliz de voltar e encontrar tua presença neste meu querido Jardim !
Saudade e pouco pra expressar o que sinto,mas acredito que agora e pra valer..rs
Doces Beijos
Doce Essencia
Que maravilindo!
A vida pode mesmo ter muitos significados!
olá. me encantei com o seu blog.
fique à vontade para acessar o meu, comentar, criticar e dar sua opinião.
paz e bem pra ti.
Ai que bebê mais gotoso!!!
=P
Bjos
Que delícia de imagem!
Gamei!
Beijos, Dannizinha.
ℓυηα
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