Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Onde reconheci o teu sinal,
onde reconheci o meu?
Na tua voz, nos teus olhos, nas tuas mãos
ou no silêncio que precede o silêncio?
A tua mão ordena a desordem do caos
e a minha paixão agita os ramos da árvore
que há dentro de ti
para que os frutos caiam.
Que generosos são os deuses
sábios e calados!
Posso observar o seu sorriso
de prazer, de entendimento
quando nos vêem
caminhando juntos,
desenredando os fios
em estranhos, secretos labirintos.

[Lourdes Espínola]

^^

5 comentários:

Daniel Savio disse...

Um que de Voyager na poesia, interessante...

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de no senser.

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.

Marcelo Mayer disse...

já sabe o quanto admiro suas escolhas. proincipalmente quando de um poema de amor, se faz o caos, e depois o sorriso.

Anônimo disse...

Não entendo direito poesia... morro de inveja dos suspiros que dão aqueles que entendem...

:-)

Beijocas.

Ivan.

Luna Sanchez disse...

O poema é lindo, mas a imagem é ainda mais!

Beijo, amiga!

ℓυηα

Eraldo Paulino disse...

Concordo com a Luna. Não só essa mas todas as imagens deste blog são de um bom gosto que impressiona realmente.

E por falar em Luna, gostaria de dizer que sou apaixonado pelo A céu...

Bjs!