Não há pressa nos seus olhos,
apenas o costume de estar só.
O seu olhar fixa as marcas que deixam os carros,
atenta em vão
ao que falta.
Apoia a cara no vidro frio
e repousa.
Olha as suas mãos redondas, pequenas,
toca nos seus seios grandes e quentes,
pensa nos seus pés e sorri maternalmente.
Corpulenta e doce como uma boa sopa,
murmura,
e no entanto está só.
Sabe que está fora mas não sabe de quê.
Ninguém percebe a sua paixão
pesada e gorda na janela.
[Beatriz Novaro]
apenas o costume de estar só.
O seu olhar fixa as marcas que deixam os carros,
atenta em vão
ao que falta.
Apoia a cara no vidro frio
e repousa.
Olha as suas mãos redondas, pequenas,
toca nos seus seios grandes e quentes,
pensa nos seus pés e sorri maternalmente.
Corpulenta e doce como uma boa sopa,
murmura,
e no entanto está só.
Sabe que está fora mas não sabe de quê.
Ninguém percebe a sua paixão
pesada e gorda na janela.
[Beatriz Novaro]
^^
3 comentários:
Doce amiga,
aff quase chorei ao ler este poema...e tao profundo...ai...ai...ai...acho que vou la pegar uma xicara de cafe,olhar na janela e tb tentar nao me sentir sozinha.
Doces Beijos
Doce Essencia
"Pensa nos seus pés..."
Nossa, fiquei com um nó na garganta, Dannizinha. Que triste é a solidão, quando não é uma opção, né? =\
Beijo.
ℓυηα
que bacana, pensar por outros, e descrever tão bem, gostei...
bons dias
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