Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Jeito De Mato

De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deita.
Do regalo de terra que teu dorso ajeita.
E dorme serena, no sereno e sonha.

De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita.
Do mato, do medo, da perda tristonha.
Mas, que o sol resgata, arde e deleita.

Há uma estrada de pedra que passa na fazenda.
É teu destino, é tua senda.
Onde nascem tuas canções.
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória
E acende os corações.

Sim, dos teus pés na terra nascem flores.
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar.
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras.
Sete lagoas, mel e brincadeiras.
Espumas, ondas, águas do teu mar...

[Paula Fernandes]

^^

3 comentários:

Luna Sanchez disse...

Quanta doçura, Danni! E a imagem é um show à parte. ^^

* Trouxe um selinho pra ti :

http://coleccion-recuerdo.blogspot.com/2009/09/esse-blog-tambem-e-cultura.html

Beijo, beijo, beijo.

ℓυηα

meus instantes e momentos disse...

passando para te desejar um belissimo e feliz final de semana.
lindo post.
Beijos.
Apareça
Maurizio

Danielle Manhães disse...

Luninha,
Obrigada pelo selinho, amei!

Maurizio, obrigada pela visita.
Pode deixar que apareço sim.

Bjs!!


=)