derretem-se as horas
mulheres de maio tecem véus de viúva
vêm depois os pessegueiros
e tudo é violeta
Ponho a mesa à sombra do sorriso
e começo a servir minutos de prata
vem o vinho maduro
colheita especial da saudade
vem a noite suculenta
regada de ervas de alma picada
e nada me prende
Enquanto te espero
partem novos barcos
E eu sem leme sem ti para vencer este monstro
este quarto este ocidente isolado.
[Isabel Mendes Ferreira, Um corpo (sub)-exposto]
^^
Um comentário:
A espera testa nossa paciência e esperança de um jeito cruel...=\
Beijo, Dannizinha.
ℓυηα
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