Surpreendo-me ao ver, sentir e perceber o poder das palavras. Assusto-me ao sentir o grande efeito, devastador quase sempre, que elas me provocam. As palavras são para mim escudos, muralhas, abrigo, refúgio. São nelas que me escondo, me demonstro, me entrego, me escancaro. Lastimável não ter eu o poder de dominá-las, de colocá-las em um papel, não necessariamente coesas, mas sempre coerentes como fazem meus amigos poetas. Invejo-os. Sinceramente, invejo-os. Invejo quem possui o dom inerente de transmitir sensível e emocionalmente sentimentos tão indescritíveis, como a tristeza, a alegria, a dor e a euforia. Como eu gostaria de poder transpor tudo que há em mim, todo o meu sangue, toda a minha luta, toda a minha dor em versos, toda minha essência em estrofes...
Quanto desejo contido!
Mas já dizia Caetano Veloso (eu acho!) em uma canção:
"Meu coração não cansa de ter
esperança de ser um dia
tudo o que quer. "
^^
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