"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura.
Essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo.
Essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo.
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Resta essa imobilidade, essa economia de gestos.
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos.
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito.
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Essa gagueira infantil de quem quer
exprimir o inexprimível.
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Essa gagueira infantil de quem quer
exprimir o inexprimível.
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
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Resta esse diálogo cotidiano com a morte.
Essa curiosidade pelo momento a vir, quando,
apressada, ela virá me entreabir a porta
como uma velha amante
mas recuará em véus ao ver-me junto ao bem amado...
Resta esse diálogo cotidiano com a morte.
Essa curiosidade pelo momento a vir, quando,
apressada, ela virá me entreabir a porta
como uma velha amante
mas recuará em véus ao ver-me junto ao bem amado...
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Resta esse constante esforço
para caminhar dentro do labirinto.
Esse eterno levantar-se depois de cada queda.
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha.
Resta esse constante esforço
para caminhar dentro do labirinto.
Esse eterno levantar-se depois de cada queda.
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha.
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Resta essa terrível coragem diante do grande medo,
e esse medo infantil de ter pequenas coragens."
Resta essa terrível coragem diante do grande medo,
e esse medo infantil de ter pequenas coragens."
[Vinícius de Moraes]
^^
2 comentários:
GRANDE VINICIUS!!!!
danninha!!
bom feriado pra vc!
bj no coração
!
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