Debrucei-me na grande varanda sobre o tempo. Com cinco dedos de sonho em cada mão. E como dizer as horas quando os ponteiros insistem em parar - uma greve infinita de segundos abafados? Mergulhar na vida sem medo do sol – essa laranja esmagada – que me escolhe os pensamentos. Seguem-se dias seguidos de indecisões, ócio e mansidão. Os olhos para sempre perdidos em deslumbramento como duas borboletas em busca de luz. A curiosidade em recuperar palavras antigas e o apelo da coragem para atravessar os dias sonolentos. Há um estranho encanto naquilo que os olhos não querem ver – estão embaciados e não sei o que procuram. Magia? Só dias sem história: para aprender a viver aventuras que ensinam a força imensa das ilusões. As palavras traem-nos. E sem elas, como nos aproximamos dos outros? Como dizer as horas? Está indeciso, o tempo. Entre o temor e a entrega, uma cumplicidade em conflito feita de riscos. O tempo é escasso, disse ele – o relógio. Um devorador atento de solidões.
^^
4 comentários:
danni!!! saudade!
coloquei minha leitura em dia, foi um belo passeio, vinícius de moraes em boa companhia!
lindo post, querida!
todos né!!?
não deixa de ter seu toque de sensibilidade ao postar gdes autores e na escolha das imagens, mas amuuu
mto o que sai de vc
!!
bjus,
querida
!!
Obrigada Tetê!!!
Some não em?!
Bjs!
Danni,
Pelo que entendi o texto postado é seu.
De beleza irretocável! Ainda que não seja seu o blog é todo singeleza.É o meu momento de paz
Beijos,
Walnize
Fico feliz por ter gostado!
Mais feliz ainda, por saber que esse espaço proporciona alguns momentos de Paz.
Volte Sempre!
Bjs!
=)
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