Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Quem Sabe um Dia


"Quem sabe um dia
Além da poesia
Além do horizonte
Nossas bocas
Sedentas de beijos
Se encontrem
.
Quem sabe um dia
Além da poesia
Além do horizonte
Nossos corpos
Sedentos de abraços
Se esbarrem, se encostem
E se encontrem
.
Quem sabe um dia
Além da poesia
Além do horizonte
Nossos olhos
Sedentos de olhares
Se vejam e se encontrem
.
Quem sabe um dia
Nossos sonhos
Se desfaçam
E se façam verdades
.
E nós, simplesmente, apenas nós
Entre beijos, abraços e olhares
Vivamos tudo o que sonhamos
.
O que sonhamos
Além da poesia
Além do horizonte."
.
.
^^

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bonito menina, dá vontade de chorar...

Danielle Manhães disse...

Ródia, obrigada pelo "menina", gentileza da sua parte... (tô um pouco longe disso).rs,rs,rs

Em relação ao texto poético, há uma certa melancolia do eu-lírico, certamente, pela angústia da espera.
Concordo, realmente dá vontade de chorar... principalmente qnd queremos realizar algo que está diante do nossos olhos, das nossas mãos... dá até pra tocar. Entretanto, está além, muito além da poesia.

Bjs!

Seja bem vindo!


=)