'Da cama p'ro banho,
do banho
P'rá sala
O sono persiste, o sol já não
Tarda
A vida insiste em servir um velho
Ritual
Que sempre serve a tantos outros
O mesmo pão comido aos poucos
Se senta e abre o jornal
Tudo parece normal
Um dia a menos, um crime a mais
No fundo no fundo no fundo tanto
Faz
Já é hora de vestir o velho paletó
Surrado
E caminhar sobre o caminho pisado
Que conduz rumo à batalha que
Inicia a cada dia
Conseguir um lugar p'rá sentar e
Sonhar na lotação
E é tudo igual, igual, igual...
No fim dos dias úteis há os dias
Inúteis
Que não bastam p'rá lembrar ou
P'rá esquecer de quem se é
O ar pesado nesse bairro pesado em
Plena barra pesada
A mão pesada vem oferecer
E conta os trocados contando
Vantagem
E toma uma bola, começa a viagem
E enquanto não chegar a velha
Hora
Que inicia cada dia
Em várias partes da cidade, por
Lazer ou rebeldia
A mão pesada se abrirá
Oferecendo a garantia barata de
Que tudo vai mudar
E é tudo igual, igual, igual... '
[Os Paralamas do Sucesso]
^^
Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]
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2 comentários:
danni!!
vc anda tão inspirada nos últimos tempos...
efeito de amor
novo?
bj
teresa
:)
Teresa, vc e suas perguntas difíceis...
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