"(Deixa-me estar no meu lado da cama. O meu coração já encheu demais, tanto que transbordou e agora molho a almofada. Agora vais perceber que estou a chorar. Deixa-me fechar os olhos e fazer com que parem de escorrer antes que te apercebas.)
- Amor?
(Merda.) - Diz.
- Chega-te mais para aqui. Estás tão longe...
(Agora vou ter que dar o braço a torcer. Porque é que fazes sempre isto? Enganas-me e mentes-me e depois vens de mansinho com essa voz de açúcar no leite e eu não consigo dizer-te que não.)
- Sabes, amor? Quando estou contigo fico com os pés menos gelados e com o coração mais quente. Amoleces-me.
(Mentiroso. Sabes bem que és tu quem me faz isso a mim. O cubo de gelo derretido sou eu. Tu és um glaciar cheio de falinhas mansas.) - Não mintas.
- Não estou a mentir. Não há nada melhor do que ver-te dormir. Tocar-te no pescoço e seguir a curva do teu ombro. Quando estou assim esqueço todas as outras mulheres no mundo.
(Pena que seja só quando estás assim. O resto do tempo trocas-me por corpos mais bonitos.) - Não me toques. Não hoje.
- Porquê?
(Preciso de aprender a largar-te. És um vício, agarras-te a mim, entranhas-te e não consigo afastar-te.) - Porque sim. Tens que me deixar. Tens que me deixar ir.
- Eu gosto de ti, isso não chega?
(Quero dizer-te que chega, que tudo chega para te poder ter por perto, para te ter.)
- Amor?
(Merda.) - Diz.
- Chega-te mais para aqui. Estás tão longe...
(Agora vou ter que dar o braço a torcer. Porque é que fazes sempre isto? Enganas-me e mentes-me e depois vens de mansinho com essa voz de açúcar no leite e eu não consigo dizer-te que não.)
- Sabes, amor? Quando estou contigo fico com os pés menos gelados e com o coração mais quente. Amoleces-me.
(Mentiroso. Sabes bem que és tu quem me faz isso a mim. O cubo de gelo derretido sou eu. Tu és um glaciar cheio de falinhas mansas.) - Não mintas.
- Não estou a mentir. Não há nada melhor do que ver-te dormir. Tocar-te no pescoço e seguir a curva do teu ombro. Quando estou assim esqueço todas as outras mulheres no mundo.
(Pena que seja só quando estás assim. O resto do tempo trocas-me por corpos mais bonitos.) - Não me toques. Não hoje.
- Porquê?
(Preciso de aprender a largar-te. És um vício, agarras-te a mim, entranhas-te e não consigo afastar-te.) - Porque sim. Tens que me deixar. Tens que me deixar ir.
- Eu gosto de ti, isso não chega?
(Quero dizer-te que chega, que tudo chega para te poder ter por perto, para te ter.)
- Não, não chega.
- Mas amor, és tudo para mim.
(Eu e mais as tuas outras musas das esquinas. Vai foder uma delas, deixa-me enrolar-me sobre mim e chorar, chorar, chorar. Hei-de chorar até o coração ficar vazio. E depois, agarro-me à almofada e choro mais um pouco. Depois disso não sei o que vem. Mas não vales o suficiente para ficar sem saber.)
- Mas amor, és tudo para mim.
(Eu e mais as tuas outras musas das esquinas. Vai foder uma delas, deixa-me enrolar-me sobre mim e chorar, chorar, chorar. Hei-de chorar até o coração ficar vazio. E depois, agarro-me à almofada e choro mais um pouco. Depois disso não sei o que vem. Mas não vales o suficiente para ficar sem saber.)
- Hoje dormes no sofá. Amanhã faço-te a mala.
(Hoje é dia de dizer-te que não.)"
Obs.: Li num blog este texto e achei um tanto quanto curioso...
^^
Um comentário:
É antigo o post, mas acabou me chamando a atenção...
Eu não diria que é amor, mas vicio em se sentir amado por alguém que não mereça.
Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.
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