Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Em algum lugar



A felicidade precisa estar onde nós estamos, não importa quantos sonhos ainda temos para passar a limpo com as nossas ações. Não importa o tanto de realizações que ainda podemos concretizar. Não importa quantas pendências nos aguardam. Ou ela está onde nós estamos ou não está em lugar nenhum. 

 [Ana Jácomo]


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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O que fazer do meu amor?



O que me dá raiva não é que você fez de errado, nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado, nem seu jeito fútil de falar da vida alheia, nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia. O que me dá raiva são as flores e os dias de sol, são os seus beijos, e o que eu tinha sonhado pra nós. São seus olhos e mãos, e seu abraço protetor. É o que vai me faltar. O que fazer do meu amor? 

[Leoni]


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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Solidão



O mal do século é solidão, cada um de nós imersos em sua própria arrogância, esperando por um pouco de afeição.


[Renato Russo]


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sábado, 5 de outubro de 2013

Conquista


Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.


[Luís Fernando Veríssimo]


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sábado, 28 de setembro de 2013

Das voltas que o mundo dá...


Mas então o mundo mudou, tudo foi ficando mais rápido, fácil, dinâmico, moderno, fugaz. E no lugar daquela câmera com rolo 24 poses e flash acoplado, temos celulares que fotografam e imediatamente postam fotos cheias de filtros e efeitos nas redes sociais. Tudo muito luxuoso, prático e indolor. E não percebemos o quanto mudamos também. Porque esquecemos o tempo em que tínhamos que esperar as 36 poses serem gastas _ com dignidade, parcimônia e comedimento_ para depois saber se saímos bem ou não na foto. Esquecemos como tudo era mais lento, simples, arcaico e até romântico... Então é de se esperar que a gente acredite que a vida tenha adquirido esse molejo também. E passamos a exigir da vida _ coitada!_ o swing das câmeras digitais. E começamos a cobrar do amor_ esse culpado!_ a eficácia dos flashes embutidos. E ficamos indignados com a vida e emburrados com o amor quando eles não têm essa rapidez, categoria, design e evolução. Como se tudo fosse descartável, substituível, soft e clean. Esquecemos que os tempos mudaram, mas aqui dentro continuamos precários. Muito precários. 

[Fabíola Simões, "A soma de todos os afetos"]


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quinta-feira, 19 de setembro de 2013