Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Te Desejo Boas Notícias



Que você se fortaleça até que seque esta tinta fresca da palavra "adeus". Que entenda que eu talvez não tivesse ido embora se você permanecesse saudável como outrora. E que as coisas se ajeitem pro seu lado e pro meu. 
Mas que, jamais se esqueça: você perdeu a si mesmo, não fui eu quem te perdeu. 
Continue a caminhar: já nos perdemos de vista. 
Te desejo boas notícias. 

[ Marla de Queiroz]


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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos.



Quando depositamos confiança nas pessoas, o risco da decepção é grande, pois elas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, bem como não estamos aqui para satisfazer as dela. As pessoas não se precisam, mais sim, se completam; não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, percebemos que para ser feliz com outra pessoa, precisamos primeiramente não precisar dela. Percebemos também que aquela pessoa que amamos, que nada quer conosco, definitivamente não é o homem ou a mulher de nossas vidas.

Temos que aprender a gostar e cuidar de nós mesmos e, principalmente, a gostar de quem gosta de nós. O mestre Mário Quintana estava certo: O segredo é não correr atrás das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até nós. No final das contas, vamos achar não quem estávamos procurando, mais quem estava procurando por nós.

 A vida é feita de gente boa e ruim. Alguns dias são bons e outros ruins. Existem sentimentos bons e ruins. Tudo é na base do bom e do ruim. O bem e o mal. A gente aprende isso desde cedo, tem o mocinho e o bandido. O ladrão e a polícia. E algumas pessoas valem o ruim, o estragado, o sem gosto. De vez em quando é pior não ter gosto de nada do que ter um gosto azedo. Algumas pessoas valem isso. Acho que esse é o ponto máximo do amor máximo. Não que ele precise ser medido ou explicado. O amor dispensa maiores definições. Ele se auto-explica. Só penso que quando a gente tem o coração cheio desse sentimento, tudo fica claro. E a gente não precisa ter medo de cruzar com alguém ruim no caminho. Elas nos fortalecem, ensinam. Algumas delas, inclusive, até valem o mundo (ainda que por um curto tempo).

Quem nunca se decepcionou? Quem nunca pensou assim fulana-é-minha-melhor-amiga-beltrano-é-o-cara-dos-meus-sonhos? Nessa hora, eles valem o mundo. Depois, tudo muda, valem nada. O que importa é o momento em que a pessoa efetivamente valeu o seu mundo. Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador...

O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. Se a dor tiver que vir, que venha rápido. Eu disse. Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível. Se ela tem que fazer alguma escolha, que faça logo. Então eu o espero. Ou o esqueço.

Esperar dói. Esquecer dói.

"Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos”. 


 [Jack Siqueira]


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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Das Trocas Afetivas



Quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer o meu coração arrepiar mais frequentemente de ternura diante de cada beleza revista ou inaugurada. Quero sair por aí de mãos dadas com a criança que me habita, sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte. Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos, mesmo àqueles muito antigos, que, apesar do tempo, souberam conservar o seu viço. Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza. Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas. Das alegrias que começam a florir dentro da gente.


 [Ana Jácomo]


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Residência



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sábado, 3 de maio de 2014

Brilho no Olhar



O que dá brilho ao nosso olhar é a vida que a gente optou por levar. Um olhar iluminado, vivo e sagaz impede que a pessoa envelheça. Olhe-se no espelho. Você tem um olhar de quem estaria disposta a cometer loucuras? Tem que ter. 

 [Martha Medeiros]

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terça-feira, 1 de abril de 2014

A cor da Saudade



Ele falava de sentimento.
Então, eu perguntei:
— De que cor é a saudade?
Ele me respondeu: A saudade tem a cor da pele de quem nos faz falta. 

 [Autor desconhecido]


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segunda-feira, 24 de março de 2014

Nada é Muito Quando é Demais



Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.


[Tati Bernardi]



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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Faça por Merecer



O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. 

[Trecho de O Divã - Martha Medeiros]


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que existe além do que já foi dito sobre o amor?



Toda minha vida pautada em amores que tive ou gostaria de ter. 
Falando sobre os que tive, também não tenho muito a dizer. Amei e fui muito bem amada. Mas foi um amor, um único amor que veio cruzou minha vida, tocou a minha alma e ficou marcado em minha pele. 
Todos nos carregamos conosco uma história.
Aquela que só nos atrevemos a lembrar, quando durante a noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala fundo. 
Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem. Mas então, numa quinta-feira a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido. 
Percebemos que amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia afetiva mais sincera e profunda. 
Não é doença nem obsessão. Alias não é nada, só amor. Amor dos bons, daqueles que são únicos e maravilhosos, que acontecem poucas vezes na vida das pessoas. 
Daqueles amores que ficam e que teremos que conviver com ele como algo concreto e parte de nossas vidas. 
Que alma consegue atravessar a vida sem ter conhecido o amor? 
E quem sabe ter a sorte de ser correspondido? 
Que vida vale a pena sem amor? 
Nenhum sentimento é mais lindo profundo e transformador que o amor. Só o amor transcende e purifica, enlouquece, cura, invade, permanece, liberta e aprisiona. 
Quando acontece é um som grave que penetra invade e permanece. 
Não compliquem e nem elaborem o sentimento mais incrível e poderoso de todos. 
Permitam que ele chegue e se instale. 
Pois, o resto são bobagens meninos, bobagens.


 [Carolina Ferraz]


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