Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sábado, 2 de outubro de 2010

constantes apelos sensoriais (metáforas, sinestesias, aliterações e assonâncias).

Rômulo rema

Rômulo rema no rio.

A romã dorme no ramo,
a romã rubra. (E o céu.)

O remo abre o rio.
O rio murmura.

A romã rubra dorme
cheia de rubis. (E o céu.)

Rômulo rema no rio.

Abre-se a romã.
Abre-se a manhã.

Rolam rubis rubros do céu.

No rio,
Rômulo rema.


[Cecíla Meireles]


^^

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Arco iris, um belo milagre da natureza, mas também podemos remar em nosso coração e ver os sentimentros brilhar diversar cores dentro dele...

Fique com Deus, menina xará Danielle.
Um abraço.