Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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sábado, 24 de julho de 2010

Tenho te amado tanto e de tal jeito
Como se a terra fosse um céu em brasa.
Abrasa assim de amor todo meu peito
Como se a vida fosse vôo e asa

Iniciação e fim. Amo-te ausente
Porque é de ausência o amor que se pressente.
E se é que este arder há de ser sempre
Hei de morrer de amor nascendo em mim.

Que mistério tão grande se aproxima
Deste poeta irreal e sem magia?

De onde vem este sopro que me anima
A olhar as coisas com o olhar que as cria?

Atormenta-me a vida de poesia
De amor e medo e de infinita espera.
E se é que te amo mais do que devia
Não sei o que se deva amar na terra.

[Hilda Hilst]


^^

4 comentários:

Sac do Amor disse...

Como se a vida fosse vôo e asa...

Gostei da riqueza de detalhes ao captar o sentimento. belíssima fotografia também.

Bom domingo. Au revoir.

Franzé Oliveira disse...

Palavras...
O que seria das mesmas se não houvesse o silêncio.


Beijossssssssssssss.

Daniel Savio disse...

As vezes a magia não está na palavras em si, mas como se conectam a nossa vida...

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.

Insana disse...

Forte este amor

bjs
Insana