Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010


E se tivesse(s) respondido que, afinal...
É possível roubar os olhos de uma pessoa e tê-los na cabeça...?!

É melhor
fechares
os olhos, meu
amor,
antes que o
mundo
inteiro seja um
incêndio.

Os ventos todos
fechados dentro
da minha mão.
Quantos ciclones
queres?

Procurava
nos outros a
ternura, mas
só encontrava
poços cheios
de ódio e
nitroglicerina.


Aquele
poema,
ao contrário
dos outros,
tinha pólvora.
só lhe faltava
o rastilho.

Éramos
rebeldes por
sistema, a sonhar uma
revolução por dia. À
tardinha, na esplanada,
bebiamos um
cocktail molotov.

O terrorista
apaixonado
carregava, às
escondidas,
uma bomba-
relógio. Era
no peito. Era o

Coração.


[José Mário Silva]

^^

5 comentários:

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sil disse...

Oh...

Não entendi PN.. mas gostei da imagem...

rs...

Eu tô lerdinha estes dias..

Bjos

Franzé Oliveira disse...

Entedi, viu Sil.
Bonito
"Bomba relógio o coração"

Abraços.

Luna Sanchez disse...

Uau! Intensidade chegou e ficou, por essas bandas! \o/

Beijo, Danni.

ℓυηα

Daniel Savio disse...

Quem dera que tivessemos mais terroristas assim, que a única arma fosse o amor...

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.