Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009


Toda alcova em penumbra. Em desalinho o leito,
onde, nus, o meu corpo e o teu corpo, estirados,
na fadiga que vem do gozo satisfeito,
descansam do prazer, felizes, irmanados.

Tendo a minha cabeça encostada ao teu peito,
e, acariciando os meus cabelos desmanchados,
és tão meu... sou tão tua. Ainda sob o efeito
da louca embriaguez dos momentos passados.

Porém, na tua carne insaciável, ardente,
o desejo reacende, estua... e, de repente,
dos meus seios em flor beijas a rósea ponta...

E se unem outra vez a lúbrica bacante
do meu ser e o teu sexo impávido, possante,
na comunhão sensual das delícias sem conta...

[Adelaide Schloenbach Blumenschein]
^^

4 comentários:

Daniel Savio disse...

Popr que penso que hoje o poema foi mecânico...

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.

Franzé Oliveira disse...

Verdades ditas
Verdades lidas
Na poesia


Bjos...

Marcelo Mayer disse...

soneto de um amor maior, porém uma exatidão de segundos

Luna Sanchez disse...

Sexo com bordinhas de amor, como acho que deve ser, como me apetece.

Adorei, flor. Esse, vou salvar nos Favoritos. ;)

Beijo, beijo.

ℓυηα