Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Meu corpo
é um tear vertical
onde deixaste cruzadas
as cores da tua vida : duas faixas um losango
marcas da peste.

Meu corpo
é uma floresta fechada
onde escolheste o caminho

Depois de te perderes
guardaste a chave e o provérbio.

[Ana Paula Tavares]

^^

5 comentários:

Luna Sanchez disse...

E cada um é um mundo...ai, ai.

Beijos, Dannizinha!

ℓυηα

Marcelo Mayer disse...

e seu sujeito se torna oculto

Jorge Mesquita disse...

Sinto que sou a camisola que te descobre o ombro belo e alvo como a doçura do vento, a camisola que te afaga o corpo e que os teus olhos adormecidos num sonho qualquer, escondidos pelo sol dos teus cabelos, não se apercebem dos meus que te bebem o cálice do prazer na figura que se estende como uma sereia que encanta quem te canta sem cantar.

Oeiras, 18/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita
www.comboiodotempo.blogspot-com

Átila Goyaz disse...

Não caminhar mais sobre o corpo da pessoa amada.. é amargo perder a plenitude das formas geométricas de outro corpo.

bjus

Daniel Savio disse...

Meio misterioso, pois se o teu corpo é tão denso com uma floresta, então como ele consegue ver a estrela que é teu sorriso?

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um momento cafajeste...

Fique com Deus, menina xará Danni.
Um abraço.