Há na intimidade um limiar sagrado,
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição.
Agora compreendes porque já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração.
[Anna Akhmátova]
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição.
Agora compreendes porque já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração.
[Anna Akhmátova]
^^
5 comentários:
Uau... que lindo!
Clap Clap... de pé!
bj
...que delicia de texto...
o limiar, ah! essa tênue linha entre o sentimento de amor e dor...
Beijo e otima semana com tudo de bom que desejares!
lindo texto...
Parabens pelo post.
Uma poesia bela e forte.
Bonito.
Maurizio
Lindo. Merece suspiros e mais suspiros. ^^
Beijo, amiga.
ℓυηα
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