Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

En las horas de amortiguada luz, y música,
en las alegres noches de nuestra juventud,
velamos hasta que el alba llega,
y en el humo se quedan las palabras
que la sombra golpea,
las palabras borradas que fueron nuestra vida.

Hace tiempo que callo,
y son tristes las noches de nuestra juventud,
y el alba llega muerta.
Rodeado de frío vuelvo a la hostil ciudad,
y el clandestino amor me despide furtivo
desde las rotas sombras de los descampados,
y el día se alza lívido
como si sólo un muerto lo hubiese de habitar.

Con el recuerdo sólo de tu vida, porque fuiste mi vida,
qué abandonado estoy,
¿Y a quién le contaré lo que ahora siento?

[Francisco Brines]

^^

2 comentários:

Unknown disse...

Ai...meu...Deus !

Que poema lindoooooo !!!!
Miga borboleta a imagem e o poema sao encantadores.
Alias,o blog todo e um mimo so ^.~
Hummm to vendo o banner do Ceu...hehe
e eu vou no embalo...rs

Uma doce tarde linda borboleta.

Doces Beijos

Doce Essencia

SuNshyne disse...

Adorei este poema, apesar de triste né!
Mas é melhor dizer o que sentimos do que deixar dentro da gente e nos fazer mal !
Adorei seu blog!
Beijos