Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cidade de Orgias

Cidade de orgias, passeios, alegrias,
Cidade daquele que, tendo vivido e cantado em teu seio, te fará ilustre um dia,
Não serão as tuas exposições, nem os teus quadros,
Nem teus espetáculos, que me recompensarão,
Não serão as tuas filas intermináveis de casas, nem os navios nas tuas docas,
Nem as procissões nas ruas, nem as vitrines brilhantes com os produtos lá dentro,
Nem o diálogo com pessoas cultas, nem a minha participação em um sarau ou uma festa.

- Nada disso, mas quando passo, ó Manhattan,
O teu freqüente e súbito brilho no olhar a me oferecer o amor,
Ofertando-me uma resposta, isso sim me recompensa,
Amantes, continuadas amantes, tão-só me recompensam.

[Walt Whitman - POEMAS DE FOLHAS DA RELVA]

^^

2 comentários:

meus instantes e momentos disse...

muito bom voltar sempre aqui.
Blog bonito, bem feito, limpo, bom de ler, de ver.
Gosto daqui, gosto de ti.
Tenha uma ótima semana.
Maurizio

Fran disse...

Linda poesia!
Adoreei :)

Beeijos!