Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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terça-feira, 17 de março de 2009

Cumprindo o desafio

Recebi do colega blogueiro Fábio Siqueira http://fabiosiqueira.blogspot.com/2009/03/gustavo-soffiati.html um desafio, que ele, por sua vez, recebeu de um amigo. É mais ou menos assim:
Você escreve um trecho do livro que está lendo a partir da 5ª linha de uma determinada página.
Estou relendo, isto mesmo, relendo "Cien años de soledad" uma novela do escritor colombiano Gabriel García Márquez, cuja obra lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura (1982).
Confesso que agora estou visualizando essa obra de uma maneira bem mais consistente e menos dinâmica. Bem diferente da época da faculdade, em que tive que ler num período curto e turbulento, entre trabalhos e provas.

Abri na página: 164.

(...)
"Primero lo lavaron tres veces con jabón y estropajo, después lo frotaron con sal y vinagre, luego con cerniza y limón, y por último lo metieron en un tonel de lejía y lo dejaron reposar seis horas. Tanto lo restregaron que los arabescos del tatuaje empezaban a decolorarse. Cuando concibieron el recurso desesperado de sazonarlo con pimienta y comino y hojas de laurel y hervirlo um dia entero a fuego lento, ya había empezado a descomponerse y tuvieron que enterrarlo a las volandas. Lo encerraron herméticamente en um ataúd especial de dos metros y treinta centímetros de largo y un metro y diez centímetros de ancho, reforzado por dentro con planchas de hierro y atornillado con pernos de acero, y aun así se percebia el olor en las calles por donde pasó el entierro."
(...)


Repasso o desafio para os seguintes blogueiros:
Patty Branco;
Felipe;
Teresa Castro;
Luis Tavares;
Srta. V.
.
.
^^

4 comentários:

Anônimo disse...

bjus, danni!


___________________________________

vc é uma das primeiras pessoas que passei a seguir aqui na rede,

raras vezes deixei de passar, ler seus poemas/poesias, trechos de músicas, etc.

e vc, por sua vez, tão receptiva, tão carinhosa...

às vezes, triste, era aqui que me refugiava e ficava mexendo, vasculhando... qdo dava por terminado, podia sentir que eu era uma pessoa bem melhor do que qdo cheguei.

outras, alegre, satisfeita... tb fazia parada obrigatória no seu blog.

___________________________________

enfim, só passei pra te dizer que vc tem uma amiga,

que te quer mto bem,
que te admira
e que torce mto por vc!!


bjus,

tetê

.

Quasepoesia disse...

Casualmente abri a página 105 de meu livro de poemas "A palavra dada", e continuo o poema "O retorno".

Retorno.
Conheço, eu imagino, alguns olhares.
Algumas vozes. Lembro do portão.
Parece o mesmo. A rua, a mesma.
Acho que eu fui o único fujão.
Retorno.
Não tenho outra saída.
Definitivamente nenhuma outra razão:
Voltar somente. Retomar a vida.
Porque insistir andar na contramão?
Retorno.
É minha estória. Não tenho medo
É meu caminho. Parece minha canção:
Pra você ver: eu to voltando pra casa.
I wanna hold your hand. Me de a mão.
Retorno.
E não me esqueço da poesia.
Minha companhia de aflição.
Amou comigo. Sofreu comigo.
E não me impôs nenhuma condição.
Retorno.
As coisas não saíram do lugar.
Estavam exatamente onde ainda estão.
Retorno. É minha vida. É meu legado.
Minha alforria. Minha absolvição.
Retorno.
Deixo pra trás pecados e desvios.
A poeira nos sapatos. E a lição:
Partir diariamente. Seguir longe.
Voar em desvarios absurdos.
Atravessar descampados
E mares nunca dantes navegados
Mas não deixar morrer o coração
Que sempre volta. Mais cedo. Mais tarde.
Silenciosamente. Ou com alarde.
Surpreendendo quase sempre ou não.
Retorno.
A musica ao longe. A casa. A trilha.
O cão que já faz parte da família.
A minha mãe. Minha irmã. Meus dois irmãos.
E a criançada.
Meu Deus. Como essa turma ta levada.
Meu Deus. Quem me segura essa emoção.
Retorno.
Não há caminho mais verdadeiro.
Nada desviará minha atenção.
Coisa nenhuma. Nenhum dinheiro.
Nenhuma rota de distração.
Retorno.
É meu triunfo. E única ambição.
De volta à casa. Meu pouso certo.
Eu nunca estive tão perto.
Eu nunca andei com tanta determinação.
É minha casa. Discos. Livros. Poesias.
Os restos intocados dos meus dias.
Parece ate que estou nessa canção:
Eu tou voltando pra casa.
Nada me atrasa
Nada me faz perder a condução.
Tudo é igual
Ou parecido
Ou quase tudo
O cachorrinho não.
Retorno.
Trago na minha idéia uma canção.
E mil poemas de felicidade.
Eu tou voltando pra imortalidade.
Eu tou voltando pro meu coração.

Danielle Manhães disse...

Tetê, estou sem palavras.
Mas vc pode ter certeza que a recíproca é verdadeira.
Pode contar comigo tb pro que der e vier. Sempre!
Bjs!
Fique com Deus!

E qnd ficar triste, lembre-se que amanhã o Sol voltará a brilhar...


=)

Danielle Manhães disse...

Que lindo Luis!!!

Às vezes é preciso retornar... e começar tudo de novo...


=)