Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio do que não está ao pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa, in "Cancioneiro]

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

(...)

"A noite é uma página escrita
onde há uma vírgula depois de cada letra,
um ponto depois de cada palavra,
uma exclamação no fim de cada frase.
Ao fim de cada período está o teu corpo,
aberto num parêntese longo,
que explica a súbita eclosão de auroras noturnas.
No fim de tudo estão os teus olhos,
redondos como duas afirmações,
loiros e despenteados."

[Albano Martins]
^^

3 comentários:

Ƭ. disse...

Danni, tenho certeza de q vc terminaria este poema com um ponto de interrogação.

Bju de boa noite, Querida.

Ƭ. disse...

Danni, passei aqui pra saber da sua resposta... sobre o ponto de interrogação...

Ei... onde vc está?

Novos posts, por favor!

Bju

Teresa

Anônimo disse...

Oi Teresa!!!
Eu estava off ontem a noite.

Quanto ao ponto de interrogação, poderia até ser. Entretanto, daria um ar de incerteza ou questionamento.
Eu acho que reticências seria o ideal. Pois daria uma continuação, um prolongamento... "No fim de tudo".

Sabe, àqueles momentos em que vc gostaria que o tempo párasse... Pois é, reticências oportunas, seriam bem vindas nesses momentos.


" No fim de tudo estão os teus olhos,
redondos como duas afirmações,
loiros e despenteados."


Bjs!

Danni